5 de junho de 2011





Banda: Rhapsody of Fire
Álbum: From Chaos to Eternity
Ano: 2011
País: Itália
Estilo: Symphonic/Orchestral Power Metal
Official

link in comment
link no comentário

E a Saga mais amada, críticada, repudiada, odiada e mais longa do metal sinfônico termina. Lembro que eu tinha 17 anos. Numa época que computador era para rico, internet era algo discado que demorava anos para se baixar uma única música de 3 Mega. Leitor doente de quadrinhos, jogador de RPG voraz e sonhando com a Terra-Média todo santo dia que iria virar um filme. Voz mudando, super gordinho e com problemas com o amor. Nesse meio tempo, conheci Rhapsody. Pensei que fosse um jogo de fantasia quando meus olhos bateram na capa. Era um cara bombado montado em um unicórnio indo pra cima de um Dragão, ao fundo o horizonte poente e o poético. Esse álbum era o 'Legendary Tales' e o ano era 1998. De lá para cá me tornei homem, marido, professor, estudioso de lendas, contos medievais, cultura nórdica, literatura fantástica, quadrinhos e cinema. Ainda irei trilhar um caminho muito longo até chegar onde quero, mas estou no caminnho certo e devo isso a essa banda chamada Rhapsody. Ah, esqueci do of Fire.

É como alegria e dor no coração que também digo: Depois desse álbum a banda vai mudar. Pode apostar. Eu acho que será preciso. O mundo mudou, os ares também. A globalização é dinâmica e ela é cruel.

Agora vamos voltar a SAGA. Começa com Ira Tenax e termina com Heroes of the Waterfalls' Kingdom. Mais de 150 músicas narrando uma batalha sem fim do bem contra o mal nas terras criadas pelo lunático do Luca Turilli. Sabe, eu começei a me interessar por inglês mesmo porque queria acompanhar as letras do Rhapsody, principalmente as narrações. Fui tão viciado que criava aventuras de RPG´s com meus amigos ouvindo os álbuns como soundtracks. Eu tive uma juventude fantasiosa demais, mas fui feliz. =)

A Saga começa com o mundo entrando nas trevas e sem esperança, até que do norte aparece um salvador empunhando uma espada de esmeralda detonando vampiros, zumbis e tudo que era maléfico. Depois entra o vilão. O pai do vilão. O vilão engana todo mundo. Os dragões queimam o mundo e o vilão foge ileso. o vilão não era vilão. O mocinho some, mas o vilão fica. Descobre que existe uma legião de demônios vindo destruir todo o mundo, o pai do vilão é o culpado. Ele chama os grandes senhores livres do mundo. Se inicia uma irmandade para encontrar artefatos que possam destruir esse demônios. O mundo fica salvo. O vilão é fodão, tem no sangue o segredo do universo. Se inicia uma nova era. Agora os anjos estão muito invocados com os humanos, o bicho vai pegar. Ninguém sabe que é vilão ou mocinho. Aqui eu não consegui mais acompanhar a história, mas sintetizei da minha perspectiva, claro que tem coisa ae que não existe. Isso tudo numa visão de um contator de história que depois ganhou a voz de um dos atores mais versáteis do mundo e deu um certo moral para banda.

Mas foi nessa visão portentosa que eu vivi esses anos todos. Sempre querendo saber como iria terminar a história. Depois de uma certa idade, você começa a achar que dava para ter sido mais bem escrito e algumas pontas ficaram soltas durante o processo. Tenho certeza que isso se explica o enorme número de EP e singles fodástico de bom que a banda lançou para explicar os vacilos do Luca na criação do full´s.

A banda mudou o mundo do metal. Criou uma nova escola de músicos, fãs e críticos. Trouxe para leigos o sentido de contar histórias fantásticas, narra-las como se fosse uma épica aventura que qualquer pessoa poderia acompanhar, cantar, vibrar e se emocionar. Eles viram que dava certo usar o barroco, erudito, lírico e medievalismo dentro do metal sem parecer falso demais e acabar se tornando ridículos. Muita gente torce ainda o nariz, mas eles conseguiram como ninguém. Apesar de eu brincar muito com o Luca, ele é incrível como músico. Um dos grandes maestros vivos, errou em algumas coisas que não irei comentar e acertou em 90% do que imaginou o que seria Rhapsody para o mundo. Ao lado de Luca sempre esteve Staropoli um magistrado que sabia interpretar o que o amigo imaginava e transformar em melodias lendárias. Esses dois deram certos porque pensam muito igual e se respeitam. Todo esses anos ouvindo Rhapsody, a gente descobre essas coisas. Eles podem tocar até samba que eu saberei, são como impressões digitais. Passei muito tempo achando o Luca um guitarrista sem precedentes, mas achando a guitarra dele ridícula...enfim...nada é perfeito mesmo.

Quando ouvi a primeira vez "Demons of abyss wait for my pride/On wings of glory I'll fly brave and wild..." interpretado pelo Fábio, minha visão ficou turva, meu coração parou de bater e quase morri ali parado. Tinha encontrado a banda que seria odiada pela minha mãe de tanto eu ouvir e destruir o som dela! Sempre quis cantar como ele, nunca consegui, sou lástimável como vocalista, mas são coisas da vida. Enquanto o Fábio ainda trocava algumas pronúncias em inglês pelo italiano eu o colocava no trono eterno do melhor cantor do univero. E ele ficou mais velho, a voz ficou mais grossa, agora cantando até no Kamelot e se consagrando o maior interprete vivo que o mundo já viu andando, o problema que ele ainda tem um sotaque em algumas palavras em ingles que teimam em sair italianas! 50% do meu amor pela banda é por causa desse homem de cabelos rebeldes que faz jus ao nome de Leão da Itália.

Eu não irei falar sobre esse álbum. Todo sabiam que seria o melhor do ano, não irei perder meu tempo com essa trivialidade. Também não irei falar sobre o resto da banda. Staropoli, Luca e Lione são o tripé da banda, sempre foram. E todos vocês quando lembram da banda irão lembrar de alguns deles, não é? Então vamos pular isso também!

Sascha Paeth. Enquanto o trio eram o Deuses da criação esse cara era o condutor. É meio sem explicação se não existisse ele no mundo do Rhapsody. Vou mais longe. Sem Sascha Paeth hoje não existiria o Power Metal que conheçemos.

Então se chega ao fim de uma era que cresceu e que em sua maioria nem mais escuta Rhapsody. Eu escuto e tem um orgulho sem conta de saber quase todas as letras, levantar as mãos e fazer bravatas nas passagens de 'Flames of Revenge', 'Emerald Sword', 'Dargor - Shadowlord of the Black Mountain', 'Rain of A Thousand Flames', 'Agony Is My name', 'Unholy Warcry', 'Triumph Or Agony', 'Reign of Terror' e 'Heroes of the Waterfalls' Kingdom'.

Uma vida de aventuras que me deixa marcas sem fim e que compartilho como vocês. Rhapsody é minha banda preferida de Metal em mais de 13 anos sendo metalhead. Eu fico muito triste com o fim, mas tudo precisa chegar nela. A vida precisa continuar. O a última página da “Emerald Sword Saga” se fecha. Guardo ela no coração e ela vai continuar viva até o fim dos meus dias. (T__T)

Obrigado por compartilharem comigo a alegria eternar e dor passageira, obrigado mesmo meus amigos! O Discipline mais uma vez é o poder de blog graças a cada um de vocês! \m/!






Antes de comentar marque a caixa 'Publicar no Facebook' por favor!

16 comentários:

Pikachu Sama disse...

DOWNLOAD

Júlio disse...

Meu caro Pikachu vossas palavras foram realmente tocantes!

Conheço a banda a muito menos tempo, mas também consigo sentir toda a grandiosidade e importância destes italianos brilhantes.

Como diz aquele surrado dito popular, tudo que é bom tem um fim. E este fim, não poderia ser mais glorioso.

Valeu Rhapsody, e que venham novas sagas! :D

†André† disse...

Perfeito!!

Conheci Rhapsody jogando uma partida de Rpg, A primeira música foi Dawn of Victory, depois disso nunca mais parei de ouvir!!!

Perfeita essa banda!

powerofsteel disse...

Ficamos tristes pel fim da saga, que por sinal fechou com uma grandiosidade perfeita!!!!

Tiro o chapéu pra esses caras, com certeza virão mais clássicos, na real, é o que o Rhapsody sabe fazer.

Massa o seu comentário Pikachu.

Marlon Prudente disse...

Baixando...

Linda descrição, confesso que conheci o Rhapsody craças a vc. rsrsrs

Ana Karoline disse...

Acho que muitos se viram nessas suas palavras tocantes. Sempre agradeceremos à essa magnífica banda todas as emoções que nos proporcionaram.
Enfim, final de saga. Nem sei se fico triste ou feliz mas a vida continua e esperemos que mais um ciclo de Rhapsody se inicie! \0/

Stay True disse...

Certas descrições "desse tamanho", confesso que tenho preguiça de ler, mas essas do fiz toda questão de ler...

Só tem VC Pikachu, o resto é DIGIMON do paraguai!

Ricardo - Barbacena disse...

O Rhapsody é minha banda preferida de todos os tempos... Apesar que acho que eles não fazem mais um trabalho com tanto impacto como no início...


Aguardando pra comprar minha (ou minhas) cópias originais do cd...

Rubens disse...

Esse disco é muito bom, escutei ele ontem e me surpreendi com a qualidade do mesmo.

Nesse disco a banda soa mais pesada e há mais vocais rasgados de Fabio Lione, e a orquestração está suficientemente boa.

Acho que o disco menos orquestrado do grupo, e os riffs e solos estão animalescos como sempre


Muito tocante o seu discurso "Pikachu Sama", eu comecei a escutar Heavy Metal com o Rhapsody

JOAO ROBERTO disse...

Qdo ouvi Rhapsody pela primeira vez, fiquei maluco, era o lançamento do primeiro albun deles, era tdo que eu queria ouvir no Heavy Metal, nunca tinha ouvido nada igual nossa! como ouvi aquele cd....rsss, o povo da minha casa nem aguentava mais..rsss.

Anônimo disse...

Graças a essa banda eu decidi a procurar diversas bandas nesse imenso mundo do metal, ate hoje eu lembro que a primeira musica deles que eu ouvi foi a The Myth of the Holy Sword eu tava ate na casa do meu amigo, quando eu ouvi fiquei doido,hoje para mim eles sao umas das 5 bandas que eu mais admiro e nao canso de escuta,ate hoje a unica coisa que eu mais me arrependo foi de nao ter ido no show deles ano passado.

themetallandia disse...

Assim como magnífico e inesquecível inicio, o Rhapsody finalizou com maestria suprema o final dessa ilustre saga . Mérito a todos os envolvidos nessa banda que iluminou desde um simples fã até músicos e brilhantes bandas .

Glórias a todos

Unknown disse...

Uma das melhores bandas de power/symphonic metal de todos os tempos! Adoro as letras e as estórias do Lucca, a voz do Fábio é fascinante tbm. Marcou muito a minha vida de headbanguer... fiz até uma versão em portugues da "the magic of the wizaed's dream" (que é uma das mais linhas deles). Com certeza é uma banda pra ouvir, sonhar e viajar!! Long Live Rhapsody!!
Será que esse álbum vai ser o ultimo? Obrigada pelo post!

Farofa de Batata =] disse...

Sumida mas viva, apresentei meu tcc sobre romances fantásticos, sim eu consegui colocar a fantasia no meu trabalho e pretendo trabalha-la mais ainda rs...e estou voltando a vagar pelos blogs...
E vc não tem idéia da minha felicidade ao ver que minha volta será banhada pela banda que me iniciou, sim mtos começaram pelo Iron, Metallica e cia, eu comecei por Rhapsody, Emerald Sword mudou meu conceito musical...me tirou do pop anos 90 para o Metal para todo o sempre rs!
Portanto, quando li suas palavras me identifiquei, ainda sou a mesma que ouvia há cerca de dez anos atrás...mas com uma certeza que não tinha antes, a certeza que é pra sempre, para todo sempre esse som vai me afetar e me sentir de volta ao lar!

Brigadão pelo post e pelo cd.....
Miquilis
Bruna Costenaro

Luke Chamorro disse...

aaeeww, vlw

Anônimo disse...

reupa ae plz